Cultura, filosofia, tecnologia e política.

Filosofia, música ,meio ambiente e política.O aprimoramento desses pilares para uma sociedade mais justa e mais amável.

domingo, 4 de dezembro de 2011

MANIFESTO DOS VERDES DE SANTA LUZIA .

O mundo vive um novo processo político e os  VERDES de Santa Luzia, possui uma grande responsabilidade junto à população de nossa cidade e com o nosso futuro. Por isso, convocamos os nossos munícipes a uma reflexão sobre o destino de nossa comunidades e de nossa sociedade como um todo.

A defesa intransigente da QUALIDADE DE VIDA NO NOSSO MUNICÍPIO É A BANDEIRA DO NOSSO PARTIDO.

Nos últimos anos essa cidade passou por mudanças profundas, mas as conseqüentes políticas publicas para absorver os impactos dessas transformações não foram desenvolvidas em sua plenitude. Assim, a cidade cresceu sem a correspondente infra-estrutura (escolas, saneamento, vias pavimentadas, lazer, transporte e etc.), o que causou uma grande queda na qualidade de vida dos moradores da cidade. OS VERDES quer mudar essa situação e, para tanto, pretendemos discutir com nossa população o conceito de ECOLOGIA HUMANA para construirmos uma sociedade mais justa, igual, solidária e fraterna.

A ECOLOGIA HUMANA é um conceito em que o desenvolvimento econômico deve trazer o bem estar humano em primeiro lugar, tendo o ser humano como ponto de partida e chegada das políticas econômicas e públicas.

Dessa forma, a ECOLOGIA HUMANA é entendida como a construção e manutenção de bons níveis de saúde, educação, moradia, mobilidade urbana, renda e essencialmente preservação do MEIO-AMBIENTE que em suma é o garantidor da SUSTENTABILIDADE E DA QUALIDADE DE VIDA, matérias em escassez no nosso município. 
  

OS VERDES QUEREM DISCUTIR COM VOCÊ A ECOLOGIA HUMANA NA NOSSA CIDADE
  

Verdes em favor da natureza.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Palestra :Preservação da saúde e controle do estresse

Filosofia  clássica

(Nova acrópole,Belo Horizonte )
Palestra :Preservação da saúde  e controle do estresse
Palestrante:Michel 

   O ser humano é bastante complexo em mente ,emoção,energia e corpo .Quatro corpos diferentes trabalhando em conjunto .
      Os filósofos dizem que as maiores  causas das doenças nascem no interior.
As doenças são pisicossomáticas , afetando os  seres humanos criando falta  de vigor  e vitalidade.
A juventude é algo interior ,não é pela idade .

Elementos que enrriquecem nossa saúde interior :
Corpo físico de dois elementos :
-Parte as substâncias ,as partículas,os componentes .
-Forma do corpo  o conjunto .O corpo humano  tem luz,calor,eletricidade e magnetismo.
      Se o corpo magnético estiver em dia ,bom com os cuidados devidos ,isso é bom.Se estiver ruim o futuro do corpo físico é alguma doença  e corrigindo o corpo magnético volta ao normal .
      Hoje em dia é mais comun hospitais que trabalham com acumpultura .
    
5 Elementos de preservação da saúde .
    1  -Coluna Vertebral é a mola da vida  ,tem que funcionar como uma mola um amortecedor ,para o corpo .Manter sempre a coluna vertebral flexível.
    2-As articulações do corpo a partir que o tempo passa ficam rígidas é bom manter as articulações sempre desempedidas .
    3 - O sangue sempre purificado .
    4- O rítimo de vida ,cada pessoa  tem que achar o seu .Encontra o ritimo e aplica-los .
    5 - A integração com a natureza ,as águas ,as árvores ,o mato,o sol, a terra a nossa natureza ,nossos pensamentos nos colocarmos em harmonia conosco mesmo .Nossos elementos com os elementos da natureza..

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bairro Monte Carlo Santa Luzia -MG/ Breno Costa

Bairro Monte Carlo agora tem associação comunitária .

O Bairro Monte Carlo conta agora com uma associação comunitária  para representá-lo       no município,estado e união ,diante dos interesses da  coletividade em nossa região e das necessidades de implementação de políticas públicas .As associações comunitárias ou de bairro são aquelas que têm como objetivo organizar e centralizar forças de moradores de uma determinada comunidade para representar, de maneira mais eficaz ,interesses comuns .No último dia 2 de outubro de 2011 foi eleita a primeira diretoria executiva da associação comunitária Monte Carlo (ACMC) , na reunião de fundação da aassociação comunitária Monte Carlo compareceram vários expoentes do uso organizado da cidadania luziense.Estiveram presente : Maria Emília , presidente da CATIVA(associação do bairro boa esperança),Lídia Soares, Vice presidente do conselho municipal de saúde de Santa Luzia ,João Flores presidente do partido verde de Santa Luzia ,Dra Maria das Graças, advogada e coordenadora da comissão de meio ambiente ,dona Maria Salviana conselheira mor de saúde e lider comunitária ,rádio Santa Luzia ,FM 98,7 e o mais importante,os moradores.A reunião inaugural teve ínicio as 9:30 hs , o coordenador da reunião, Breno Costa deu início palavra ,falando sobre as necessidades de se organizarem para melhor reivindicações perante ao poder público , sobre as necessidades e benesses para o bairro  e  região  , ao   mesmo tempo Elias redigia a ATA. Logo após falaram os convidados e depois a população com a palavra .Sr.Nivaldo falou que que a união deve estar presente e que todos e da associação devem andar juntos e que só o presidente de uma associação não popderá fazer nada só.Sr. Moacir reiterou que devemos ter transparência para melhor funcionamento da asssoçiação .Marco Aurélio disse que em experiências passadas na gestão de uma associação em que esteve a frente poderá ser bastante útil na ACMC .Dona Nelsina falou sobre solidariedade pois as pessoas devem estar unidas para ajuda mutua .
                          Breno Costa palestra sobre a importância de termos associação comunitária .
A mesa diretora ficou composta:
Presidente: BrenoCosta;
Vice-Presidente: Nivaldo Boaneges;
Primeiro secretário: Elias;
segundo secretário :Sandra ;
primeiro tesoureiro :Raimundo ;
segundo tesoureiro: Sr .Ântonio;
Diretorias de esporte e lazer : Luiz ;
Diretoria de social:Marco Aurélio;
Diretoria de festas e eventos :Moacir ;
conselho fiscal:Maria das graças e Dona Nelsina .

domingo, 31 de julho de 2011

Aprendendo a reciclar o lixo caseiro em Santa Luzia MG .

Aprendendo a reciclar o lixo em casa

Santa Luzia precisa implementar políticas públicas de coleta seletiva resíduos sólidos em toda a cidade ,melhor qualidade de vida para todos .
A maioria da população só se preocupa com seus dejetos quando seu próprio lixo fica apodrecendo na frente de casa, causando mau cheiro e atraindo insetos e animais peçonhentos . Porém, é importante ressaltar que o problema do lixo é muito maior. Mesmo quando a coleta funciona, ele não desaparece. É apenas levado para outro local, onde precisa receber tratamento adequado para evitar danos maiores à nossa saúde e ao meio-ambiente.
O lixo que geramos hoje é composto por muitas embalagens de plástico, caixas de papel, isopor e latas - materiais que a natureza não consegue decompor, mas que podem ser reciclados e reutilizados, diminuindo assim o impacto ambiental. Mas a realidade, infelizmente, é bem diferente do ideal.
Essa situação não pode continuar e muito menos se agravar. É preciso que façamos a nossa parte, que modifiquemos alguns de nossos hábitos. E essa mudança tem que partir de todas as esferas sociais, através de uma educação ambiental ensinada dentro de casa.
Por exemplo: se a filha observa a mãe jogando o óleo que restou da fritura no ralo da pia da cozinha, provavelmente seguirá o mesmo exemplo mais adiante. Ou, se um menino nunca teve que separar seu lixo quando criança, provavelmente não levará essa prática para o seu lar depois de casado.
Mude, separe o lixo que for reciclável do orgânico e, caso na sua rua não tenha coleta seletiva, leve o que pode ser reutilizado até os pontos de coleta. Hoje, muitas redes de supermercado já oferecem esse serviço. Faça o mesmo com o óleo de cozinha.
Informe-se, entre em contato com as instituições que fazem reciclagem, divulgue suas iniciativas para a vizinhança e para o bairro onde você mora. Mudar não é fácil, exige determinação e pode ser trabalhoso, mas o resultado é compensador .Pense nisto .

Breno Costa - Músico,poeta e filósofo ,ativista ambiental .Graduando em gestão pública .

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ser negro no Brasil hoje.Por Milton Santos .

Há uma frequente indagação sobre como é ser negro em outros lugares, forma de perguntar, também, se isso é diferente de ser negro no Brasil. As peripécias da vida levaram-nos a viver em quatro continentes, Europa, Américas, África e Ásia, seja como quase transeunte, isto é, conferencista, seja como orador, na qualidade de professor e pesquisador. Desse modo, tivemos a experiência de ser negro em diversos países e de constatar algumas das manifestações dos choques culturais correspondentes. Cada uma dessas vivências foi diferente de qualquer outra, e todas elas diversas da própria experiência brasileira. As realidades não são as mesmas. Aqui, o fato de que o trabalho do negro tenha sido, desde os inícios da história econômica, essencial à manutenção do bem-estar das classes dominantes deu-lhe um papel central na gestação e perpetuação de uma ética conservadora e desigualitária. Os interesses cristalizados produziram convicções escravocratas arraigadas e mantêm estereótipos que ultrapassam os limites do simbólico e têm incidência sobre os demais aspectos das relações sociais. Por isso, talvez ironicamente, a ascensão, por menor que seja, dos negros na escala social sempre deu lugar a expressões veladas ou ostensivas de ressentimentos (paradoxalmente contra as vítimas). Ao mesmo tempo, a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e, mesmo, não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito.

500 anos de culpa

Agora, chega o ano 2000 e a necessidade de celebrar conjuntamente a construção unitária da nação. Então é ao menos preciso renovar o discurso nacional racialista. Moral da história: 500 anos de culpa, 1 ano de desculpa. Mas as desculpas vêm apenas de um ator histórico do jogo do poder, a Igreja Católica! O próprio presidente da República considera-se quitado porque nomeou um bravo general negro para a sua Casa Militar e uma notável mulher negra para a sua Casa Cultural. Ele se esqueceu de que falta nomear todos os negros para a grande Casa Brasileira. Por enquanto, para o ministro da Educação, basta que continuem a frequentar as piores escolas e, para o ministro da Justiça, é suficiente manter reservas negras como se criam reservas indígenas. A questão não é tratada eticamente. Faltam muitas coisas para ultrapassar o palavrório retórico e os gestos cerimoniais e alcançar uma ação política consequente. Ou os negros deverão esperar mais outro século para obter o direito a uma participação plena na vida nacional? Que outras reflexões podem ser feitas, quando se aproxima o aniversário da Abolição da Escravatura, uma dessas datas nas quais os negros brasileiros são autorizados a fazer, de forma pública, mas quase solitária, sua catarse anual?

Hipocrisia permanente

No caso do Brasil, a marca predominante é a ambivalência com que a sociedade branca dominante reage, quando o tema é a existência, no país, de um problema negroEssa equivocação é, também, duplicidade e pode ser resumida no pensamento de autores como Florestan Fernandes e Octavio Ianni, para quem, entre nós, feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo. Desse modo, toda discussão ou enfrentamento do problema torna-se uma situação escorregadia, sobretudo quando o problema social e moral é substituído por referências ao dicionário. Veja-se o tempo politicamente jogado fora nas discussões semânticas sobre o que é preconceito, discriminação, racismo e quejandos, com os inevitáveis apelos à comparação com os norte-americanos e europeus. Às vezes, até parece que o essencial é fugir à questão verdadeira: ser negro no Brasil o que é? Talvez seja esse um dos traços marcantes dessa problemática: a hipocrisia permanente, resultado de uma ordem racial cuja definição é, desde a base, viciada. Ser negro no Brasil é frequentemente ser objeto de um olhar vesgo e ambíguo. Essa ambiguidade marca a convivência cotidiana, influi sobre o debate acadêmico e o discurso individualmente repetido é, também, utilizado por governos, partidos e instituições. Tais refrões cansativos tornam-se irritantes, sobretudo para os que nele se encontram como parte ativa, não apenas como testemunha. Há, sempre, o risco de cair na armadilha da emoção desbragada e não tratar do assunto de maneira adequada e sistêmica.

Marcas visíveis

Que fazer? Cremos que a discussão desse problema poderia partir de três dados de base: a corporeidade, a individualidade e a cidadania. A corporeidade implica dados objetivos, ainda que sua interpretação possa ser subjetiva; a individualidade inclui dados subjetivos, ainda que possa ser discutida objetivamente. Com a verdadeira cidadania, cada qual é o igual de todos os outros e a força do indivíduo, seja ele quem for, iguala-se à força do Estado ou de outra qualquer forma de poder: a cidadania define-se teoricamente por franquias políticas, de que se pode efetivamente dispor, acima e além da corporeidade e da individualidade, mas, na prática brasileira, ela se exerce em função da posição relativa de cada um na esfera social.
Costuma-se dizer que uma diferença entre os Estados Unidos e o Brasil é que lá existe uma linha de cor e aqui não. Em si mesma, essa distinção é pouco mais do que alegórica, pois não podemos aqui inventar essa famosa linha de cor. Mas a verdade é que, no caso brasileiro, o corpo da pessoa também se impõe como uma marca visível e é frequente privilegiar a aparência como condição primeira de objetivação e de julgamento, criando uma linha demarcatória, que identifica e separa, a despeito das pretensões de individualidade e de cidadania do outro. Então, a própria subjetividade e a dos demais esbarram no dado ostensivo da corporeidade cuja avaliação, no entanto, é preconceituosa.
A individualidade é uma conquista demorada e sofrida, formada de heranças e aquisições culturais, de atitudes aprendidas e inventadas e de formas de agir e de reagir, uma construção que, ao mesmo tempo, é social, emocional e intelectual, mas constitui um patrimônio privado, cujo valor intrínseco não muda a avaliação extrínseca, nem a valoração objetiva da pessoa, diante de outro olhar. No Brasil, onde a cidadania é, geralmente, mutilada, o caso dos negros é emblemático. Os interesses cristalizados, que produziram convicções escravocratas arraigadas, mantêm os estereótipos, que não ficam no limite do simbólico, incidindo sobre os demais aspectos das relações sociais. Na esfera pública, o corpo acaba por ter um peso maior do que o espírito na formação da socialidade e da sociabilidade.
Peço desculpas pela deriva autobiográfica. Mas quantas vezes tive, sobretudo neste ano de comemorações, de vigorosamente recusar a participação em atos públicos e programas de mídia ao sentir que o objetivo do produtor de eventos era a utilização do meu corpo como negro -imagem fácil- e não as minhas aquisições intelectuais, após uma vida longa e produtiva. Sem dúvida, o homem é o seu corpo, a sua consciência, a sua socialidade, o que inclui sua cidadania. Mas a conquista, por cada um, da consciência não suprime a realidade social de seu corpo nem lhe amplia a efetividade da cidadania. Talvez seja essa uma das razões pelas quais, no Brasil, o debate sobre os negros é prisioneiro de uma ética enviesada. E esta seria mais uma manifestação da ambiguidade a que já nos referimos, cuja primeira consequência é esvaziar o debate de sua gravidade e de seu conteúdo nacional.
Olhar enviesado

Enfrentar a questão seria, então, em primeiro lugar, criar a possibilidade de reequacioná-la diante da opinião, e aqui entra o papel da escola e, também, certamente, muito mais, o papel frequentemente negativo da mídia, conduzida a tudo transformar em "faits-divers", em lugar de aprofundar as análises. A coisa fica pior com a preferência atual pelos chamados temas de comportamento, o que limita, ainda mais, o enfrentamento do tema no seu âmago. E há, também, a displicência deliberada dos governos e partidos, no geral desinteressados do problema, tratado muito mais em termos eleitorais que propriamente em termos políticos. Desse modo, o assunto é empurrado para um amanhã que nunca chega.
Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá em baixo, para os negros e assim tranquilamente se comporta. Logo, tanto é incômodo haver permanecido na base da pirâmide social quanto haver "subido na vida".
Pode-se dizer, como fazem os que se deliciam com jogos de palavras, que aqui não há racismo (à moda sul-africana ou americana) ou preconceito ou discriminação, mas não se pode esconder que há diferenças sociais e econômicas estruturais e seculares, para as quais não se buscam remédios. A naturalidade com que os responsáveis encaram tais situações é indecente, mas raramente é adjetivada dessa maneira. Trata-se, na realidade, de uma forma do apartheid à brasileira, contra a qual é urgente reagir se realmente desejamos integrar a sociedade brasileira de modo que, num futuro próximo, ser negro no Brasil seja, também, ser plenamente brasileiro no Brasil.



Artigo escrito por Milton Santos, geógrafo, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Fonte: Folha de S.Paulo - Mais - brasil 501 d.c. - 07 de maio de 2000

Resumo :Breno Costa

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Movimento Acorda Santa Luzia , MG .

Belo Horizonte
Curso :Gestão Pública

Aluno:
Breno Costa de Oliveira( Van Breno )

Modulo: Dinâmica Sócio Cultural no Brasil Contemporâneo
Atividade : APS DIN 1
Data:28 de abril de 2011.

Movimento acorda Santa Luzia
Por :
Breno Costa de Oliveira
Hélio de Oliveira Fagundes

Resumo:
O movimento “Acorda Santa Luzia” nasceu em defesa do patrimônio público e da continuidade dos serviços para melhor qualidade de vida para o povo luziense e tem sido uma ferramenta de voz ativa da população perante a administração pública municipal. Este artigo visa mostrar as ações, estratégias, funcionamento, articulações, características, história do movimento, perfil dos participantes e principalmente suas reivindicações.

Introdução:
A cidade Santa Luzia na região metropolitana de Belo Horizonte, tem mais de 203 mil habitantes (segundo senso de 2010) com IDH de 0,75 (média PNUD 2000) sendo o distrito do São Benedito o mais populoso do município e culturalmente conhecida como a periferia da capital mineira. A cidade vem sofrendo com o caos que se instalou na administração pública, o meio ambiente está sofrendo a falta de coleta permanente de lixo, os lotes vagos estão sem controle com o mato crescendo e ameaça de doenças e animais peçonhentos, os postos de saúde estão deficitários com falta de médicos, equipamentos e produtos básicos necessários para seu funcionamento, a infra-estrutura precária com suas vias de acesso esburacadas sem manutenção adequada, na secretária de finanças uma divida contraída de mais de 55 milhões de reais deixando o município na inércia e pagando juros de empréstimos sem nenhuma evolução voltado para o munícipe.

Esse movimento social nasce em uma época conturbada na gestão administrativa , como a falta de serviços básicos para população , infra estrutura precária e muitas denuncias de desvio de verbas .


Fundamentação teórica:

Como já dissemos anteriormente a cidade de Santa Luzia se situa na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a apenas 20 km da capital. Seu limite geográfico faz fronteira com Belo Horizonte, com o crescimento urbano da capital esta passou suas fronteiras geográficas fazendo com que parte de Santa Luzia se torna-se periferia de Belo Horizonte .

“Cidade: Espaço de luta e de contradições”

“No território como um todo nas cidades e sobre tudo na grande cidade capitalista (...) o numero avultado e a extensão de movimentos diários se organizam na anarquia da produção capitalista , segundo a qual a localização dos fixos de ordem econômica social está subordinada à lei do lucro , muito mais que à eficiência social . A distância entre as moradias dos pobres e seu lugar de trabalho tem a mesma explicação e o mesmo resultado , do mesmo modo que a localização de atividades econômicas complementares “. (Milton Santos ,2000,pág 115 )

A conurbação formada pelas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte no seu vetor norte formam as cidades mais carentes da região onde fica parte do município de Santa Luzia, Vespasiano, Ribeirão das Neves. Este fator estabelece maior atenção para com seus habitantes pois estes contam com pior qualidade de vida , segurança, infra-estrutura precária , saúde e educação de baixa qualidade , porém pelo contrário esses munícipes não contam com a ajuda do poder público e muitos vivem com serviços deficitários da ordem do município.

Dentro deste contexto existe a necessidade de se organizar em ações coletivas questionando direta ou indiretamente a qualidade de vida dos seus habitantes exigindo melhoria nos serviços básicos da administração pública.
“A violência urbana indica que a geração atual de jovens pobres já não encontra mais lugares para morar nas metrópoles, nem dentro nem fora das favelas. A problemática não se restringe ao conteúdo econômico dado pela recessão, pela reestruturação produtiva e pela falta de emprego é a configuração hegemônica ordenada pelo tradicional modo público-privado de propriedade que não pode conter o novo conteúdo social: O vazo quebrou.

Em outras palavras, nas metrópoles a reprodução de numerosos sem propriedades vem sendo inviabilizada. Este parece ser o elemento essencial da crise: O futuro é absolutamente negado a uma parcela cada vez maior de jovens pobres da cidade. Na medida em que a reprodução da vida encontra-se ameaçada em determinadas porções do seu território, o futuro da metrópole torna-se incerto para todos. As tensões sociais tornam-se tendencialmente mais amplas e radicais.”(Elizeth Menegat. A periferia é o limite, caderno metrópole pág 115)”

As melhores condições de vida reivindicada pelos cidadãos estão inspiradas pela construção de uma nova sociabilidade humana, o que significa, em última análise, a transformação das condições econômicas, sociais e políticas fundamentais da sociedade atual.

“Individualidade coletivizada: Nesses momentos de ação do povo , as Ana Marias, Severinos , Josés, Antônios , já não atendem ou são chamados somente pelos seus nomes.
Os movimentos sociais estão em cena , e quando assim os fazem , as pequenas mudanças que ocorrem diariamente na sociedade adquire novos contornos . Como forças sociais se não valem de imediato suas demandas colocam-nas em público descobrindo as vezes a aparente harmonia social . O sujeito , até então a si percebido como individual , assume contornos de coletividade “(PRAUN,Luci . O destino tomado pelas mãos do sujeito individualizado ao coletivo ,pág 44 ed.Autor 2009 . Caderno didáticos metodista). (guia de estudos do curso de ciências sociais).

O único meio encontrado e executado da população para reivindicar seu direitos diante do descaso das políticas públicas são formando os movimentos sócias como este acorda Santa Luzia de origem popular.

Procedimentos de pesquisa:
A pesquisa iniciou-se com contatos telefônicos diretamente a seus fundadores e é valido registrar que mesmo antes desta atividade ser elaborada já havíamos observado este movimento social pela cidade já que somos estudantes em gestão pública . Entrando em contato com uma das fundadoras e organizadora do movimento “ Acorda Santa Luzia” , Lídia Ferreira que nos recebeu cuidadosamente com muita atenção , nos informou sobre todas as ações e como o movimento age , seu histórico e como isso tem influenciado na vida dos luzienses. Este primeiro encontro foi feio na Câmara Municipal de Santa Luzia no dia de audiência pública.

Também foi entrevistado o co-fundador do movimento Raimundo de Paula que também é presidente do Conselho Municipal de Saúde e atua na direção do Sindmetal- MG , que nos explicou as estratégias para pressionar a prefeitura e o funcionamento do movimento . A mídia local e regional como os jornais, A Folha Luziense , Leia Agora , Virou Notícia e reportagens de TV (Rede Globo Minas) e rádio (Rádio Itatiaia) estiveram presentes na manifestação do dia 01/ de fevereiro de 2011) e sites (redes sociais) foram todos consultados e analisados .

Resultado da pesquisa e discussão:

A idéia do movimento surge na necessidade de mobilização da sociedade para uma atuação de cobrança e acompanhamento dos legisladores e executores da ordem pública no que diz respeito à entrega do necessário e digno do serviço público para a população da cidade de Santa Luzia - RMBH - (Região metropolitana de Belo Horizonte), como citado na dissertação da atividade elementos como a saúde, educação, saneamento básico, dentre outros, fez com que um grupo se manifesta em prol de chamar a atenção da população, feito isto o ajuntamento de pessoas interessadas na participação do movimento torna-se evidente e visível, a intenção da mobilização, ponto central de qualquer movimento, passa a ser notória e constante abrindo margem para novos movimentos com sentimentos de manifestações distintas.

O movimento em questão, “Acorda Santa Luiza”, por ser composta por participantes de associações representativas como o Sindmetal-Sindelétro - Santa Luzia -MG , favorece no sentido de basear a forma de trabalho e organizar o movimento em atuações que direcionam a respostas positivas, é justo afirmar que o conhecimento dos direitos nas exigências por parte da sociedade ao poder público, faz com que a reação dos legisladores e executores destes serviços, venham a chamar o movimento para a ‘mesa de negociação’, onde é posto todas a reivindicações e necessidades e com um grande diferencial, em maior parte deste processo, o movimento apresenta sugestões coerentes com a realidade e demando inclusive ajuda na participação direta dos trabalhos.

Um importante pilar para sustentar o movimento com relação aos avanços alcançados, são os olhos dos órgãos de fiscalização como Promotoria Pública de Santa Luzia , Ministério Público Estadual, Conselho Nacional de Saúde e Tribunal de Contas de Minas Gerais. Ao receberem atenção por parte destes órgãos, o movimento “Acorda Santa Luzia”, passa a ser reconhecido pelo município como uma entidade de fortalecimento da sociedade local dando a estes subsídios nas exigências de seus direitos mais básicos, este reconhecimento torna mais forte o movimento, e traz para dentro desta estrutura a necessidade de uma organização e formação de conceitos e conhecimentos legais para atuação constantes juntos à Câmara Legislativa e Prefeitura da cidade de Santa Luzia.

No desempenho da sua proposta, o movimento “Acorda Santa Luiza”, vem despertando a atenção pelo seu rápido reconhecimento, primeiramente junto à sociedade, que o solidifica como tal e segue aos órgãos públicos locais, e enquanto as reivindicações estiverem ao nível municipal, que reconhece o movimento e o tem como fagulha para acender quando necessário, a chama da solicitação do povo luziense, o movimento irá ser desenvolver para atuações cada vez mais complexas, visto é a gerencia pública, sabendo que torna-se este movimento um instrumento prático e de fácil acesso à população, que o usará para obter, dentro da obrigação do município e do estado, os seus direitos. Isto é uma tendência.




Considerações finais:

O artigo apresentou as características, o funcionamento, o ideal de um movimento simples mas atuante de pessoas com a vontade de reformar e fiscalizar o poder executivo e legislativo do município. Mesmo diante de tantas dificuldades seus participantes vem desenvolvendo a ações políticas e reivindicando os direitos para a população ,visando a melhoria de suas condições de vida como cidadãos de fato que exercem sua cidadania .

Este movimento de natureza política organizado por pessoas que vêem a política como solução de uma qualidade de vida melhor para desfrutar no presente e plantando sementes para um futuro digno para seus filhos netos e gerações futuras , acreditam fielmente em suas ideologias de que a educação e saúde são primordiais para o desenvolvimento financeiro, cultural, infra-estrutura e qualidade de vida a seus habitantes.

O futuro de uma sociedade depende das ações políticas de seus habitantes sendo eles os principais atores de uma ação justa e igualitária, a Democracia . Os cidadãos devem ser os controladores de fato da maquina através de representantes qualificados em todos os sentidos, principalmente com índole moral e ético .

Referências :

PRAUN,Luci .O destino tomado pelas mãos do sujeito individualizado ao coletivo ,pág 44 ed.Autor 2009 .Caderno de dáticos metodista).(guia de estudos do curso de ciências sociais).
MENEGAT,Elizet (A periferia é o limite ,pág 115 caderno metrópole 2005 )
http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/02/06/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=98166/em_noticia_interna.shtml
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15807037351565518823
http://luisasantosjornalista.blogspot.com/2011/01/movimento-acorda-santa-luzia-quer.html
http://www.santaluzianet.com/modules/news/article.php?storyid=1630
www.santaluzia.mg.gov.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Luzia_(Minas_Gerais)